Conciliar a prática clínica com a docência médica é uma tarefa desafiadora, mas viável para muitos profissionais. Segundo o médico Gustavo Khattar de Godoy, a rotina intensa de atendimentos, plantões e decisões rápidas no ambiente hospitalar exige dedicação e foco. Paralelamente, a responsabilidade de ensinar, planejar aulas e orientar alunos demanda tempo e preparo. A chave para essa conciliação está no planejamento eficaz, na organização do tempo e na paixão pela educação, que motiva muitos médicos a compartilhar seu conhecimento com as futuras gerações.
Quais são os principais desafios enfrentados por médicos que atuam como docentes?
Médicos que atuam como docentes enfrentam desafios significativos. A sobrecarga de atividades, que inclui atendimentos, plantões, preparação de aulas e correção de avaliações, pode levar ao estresse e à exaustão. Além disso, a necessidade de atualização constante tanto na prática clínica quanto nas metodologias de ensino exige dedicação contínua.
Para o Dr. Gustavo Khattar de Godoy, a ausência de formação pedagógica específica pode comprometer a qualidade do ensino médico. Muitos profissionais dominam o conteúdo técnico, mas carecem de habilidades didáticas para transmitir esse conhecimento de maneira eficaz. Isso pode resultar em aulas pouco envolventes, dificuldades na avaliação do aprendizado dos alunos e desafios na adaptação a novas metodologias de ensino.

Como a docência pode enriquecer a prática clínica?
Atuar simultaneamente como médico e professor oferece diversas vantagens. A experiência prática enriquece o ensino, proporcionando exemplos reais que facilitam a compreensão dos alunos. Além disso, o contato com estudantes estimula o próprio aprendizado contínuo, já que os docentes se veem desafiados a revisar e aprofundar seus conhecimentos. Essa dualidade também permite que os profissionais influenciem diretamente a formação de novos médicos, contribuindo para a evolução da medicina.
A docência pode enriquecer a prática clínica ao proporcionar uma reflexão constante sobre os casos atendidos, pontua o doutor Gustavo Khattar de Godoy. Ensinar exige que o profissional organize seu conhecimento de forma clara e estruturada, o que pode melhorar sua própria compreensão e aplicação da medicina. Além disso, o contato com estudantes traz novas perspectivas e atualizações, contribuindo para o aprimoramento contínuo do médico.
Quais estratégias podem ajudar na conciliação entre clínica e docência?
Para conciliar eficazmente a prática clínica com a docência, é essencial adotar estratégias de gestão do tempo, como a organização de horários fixos para aulas e atendimentos. A utilização de tecnologias educacionais, como plataformas online e simulações, pode facilitar o ensino e reduzir a carga de trabalho presencial. Ademais, buscar apoio institucional para a capacitação pedagógica e o reconhecimento da atividade docente como parte integrante da carreira médica é fundamental para o sucesso dessa dupla função.
As instituições de ensino desempenham um papel crucial no apoio aos médicos que atuam como docentes. O Dr. Gustavo Khattar de Godoy destaca que oferecer programas de capacitação pedagógica, reduzir a carga horária de atividades docentes para permitir dedicação à prática clínica e reconhecer a docência como parte da carreira acadêmica são medidas que podem facilitar essa conciliação.
Em suma, as perspectivas futuras para médicos que atuam como docentes são promissoras, como menciona o doutor Gustavo Khattar de Godoy. Com o avanço das tecnologias educacionais e a crescente valorização da educação médica, espera-se que mais instituições reconheçam a importância dessa dupla função. A integração entre prática clínica e ensino pode levar a uma formação médica mais sólida e atualizada, beneficiando tanto os profissionais quanto os pacientes atendidos.
Autor: Edgar Romanov