Fáceis de abrir, pegar e gelar, eles são perfeitos para o consumo em praias, clubes, piscinas, baladas e outras ocasiões onde saca-rolhas e os copos de cristal não são convenientes. Marco Antonio Carbonari, dono da vinícola Villa Santa Maria, diz que já pensa em implementar essa nova tendência de mercado no seu negócio.
Nas últimas duas décadas, depois de muitas tentativas, as adegas estudaram e aperfeiçoaram estes processos e, hoje, é possível encontrar enlatados de elevada qualidade produzidos por enólogos inovadores e de excelente qualidade.
Por falar em vinho em lata, temos um drink mais simples, mas isso não quer dizer que seja um produto ruim. São, geralmente, vinhos jovens, de baixa complexidade, aromáticos, baixo teor de taninos e baixa persistência. As latas atraem um novo grupo de consumidores, ou seja, os jovens começam a beber vinho, querem relaxar e beber com facilidade em qualquer lugar, assim como já fazem com a cerveja.
Mas como são feitos os vinhos em lata? Marco Antonio Carbonari explica que o objetivo dos vinhos enlatados é tornar o consumo da bebida mais prático, então o primeiro passo foi pensar na questão do valor, uma vez que não faz sentido ter um produto final com alto custo agregado. Por isso foi necessário criar um método diferente do que é feito com os refrigerantes e as cervejas, para manter o vinho acessível na produção de lata. Ou seja, antes do envase, o vinho é preparado de forma que seja consumido em uma data mais próxima a de fabricação, o que explica a bebida enlatada ser menos complexa e não ser de vinhos de guarda. Portanto, a qualidade do vinho diminui se não estiver em uma garrafa e nem fica com sabor de alumínio.
Marco Antonio Carbonari diz que vale ressaltar que beber vinho desta forma não diminui o valor e a importância da garrafa. Ambos os tipos de embalagem podem continuar a ser usados e atender aos diferentes propósitos dos consumidores.