De acordo com o Dr. Ciro Antônio Taques, o uso de tecnologias assistivas na esclerose múltipla representa um avanço essencial para preservar a autonomia, a mobilidade e a qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença. O sucesso desse processo depende de uma avaliação clínica detalhada, metas bem definidas e acompanhamento contínuo para garantir resultados reais e sustentáveis. Com escolhas adequadas, é possível adaptar rotinas, reduzir limitações e fortalecer vínculos familiares e profissionais.
A integração entre equipe multiprofissional, paciente e rede de apoio é fundamental para alcançar estabilidade e independência. Este artigo explora critérios de seleção, ferramentas de mobilidade e soluções de comunicação que tornam o cotidiano mais acessível e produtivo. Veja mais abaixo:
Tecnologias assistivas na esclerose múltipla: critérios de avaliação e implementação responsável
O primeiro passo para adotar uma tecnologia assistiva é realizar uma avaliação multiprofissional centrada na funcionalidade. Esse processo analisa força muscular, equilíbrio, fadiga e necessidades de comunicação, além de definir metas práticas, como caminhar com segurança, escrever sem dor ou participar de reuniões virtuais. Testes com diferentes dispositivos ajudam a comparar conforto, estabilidade e facilidade de uso em cenários reais, como rampas, escadas e deslocamentos externos.
A implementação deve ser feita de forma planejada, com treinamento supervisionado e revisões periódicas. Sessões curtas e frequentes permitem o aprendizado gradual, enquanto manuais e vídeos explicativos favorecem o uso independente. É essencial que familiares e colegas conheçam os limites do paciente e saibam aplicar medidas simples de segurança. Como demonstra Ciro Antônio Taques, quando o paciente percebe ganhos reais no dia a dia, a adesão se consolida e os resultados se tornam consistentes.
Soluções para mobilidade e conservação de energia
Os dispositivos de mobilidade são fundamentais para reduzir o esforço físico e aumentar a segurança. Bengalas com base larga, muletas ergonômicas e andadores com apoio de antebraço oferecem estabilidade sem comprometer a postura. Órteses para o tornozelo e estimulação elétrica funcional ajudam no controle do movimento, especialmente nos casos de “pé caído”. Em quadros de fadiga intensa, cadeiras de rodas leves ou motorizadas e scooters proporcionam maior autonomia em deslocamentos médios e longos.

O ambiente acessível é uma extensão do recurso de mobilidade. Rampas, portas alargadas e pisos regulares garantem circulação livre, enquanto barras de apoio e assentos adaptados no banheiro reforçam a segurança. No transporte, veículos adaptados com controles manuais e plataformas retráteis preservam a independência. Para Ciro Antônio Taques, relógios inteligentes e sensores de movimento monitoram passos, frequência cardíaca e quedas, fornecendo dados úteis para ajustes terapêuticos.
Comunicação, fala e apoio cognitivo
As dificuldades de fala e comunicação causadas pela esclerose múltipla podem ser superadas com recursos acessíveis e eficazes. Aplicativos de texto para fala e teclados inteligentes aceleram a digitação e reduzem o esforço físico. Softwares de reconhecimento de voz permitem redigir relatórios e e-mails com precisão, mesmo em casos de fraqueza nos membros superiores. Sistemas de comunicação aumentativa e alternativa facilitam interações sociais e profissionais.
Segundo o médico clínico geral Ciro Antônio Taques, o suporte cognitivo é outro pilar importante da independência. Aplicativos de agenda com lembretes sonoros e visuais ajudam na organização do tempo e no cumprimento de tarefas. Leitores de tela e navegadores simplificados favorecem a leitura em dias de maior fadiga mental. Mapas mentais e quadros digitais permitem visualizar metas e dividir projetos em etapas menores, reduzindo o estresse e a desorientação.
Conclui-se assim que, as tecnologias assistivas na esclerose múltipla são muito mais que dispositivos, são instrumentos de autonomia, dignidade e inclusão. Seu uso eficaz depende de avaliação criteriosa, treinamento constante e revisão periódica. Conforme expõe o Dr. Ciro Antônio Taques, quando a tecnologia é aplicada de forma humanizada e adaptada às necessidades individuais, ela transforma limitações em possibilidades e devolve o protagonismo à pessoa.
Autor: Edgar Romanov